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Uma Via para a neutralidade climática

Nós, os Produtores de Combustíveis da UE, desenvolvemos uma via potencial que mostra como podemos contribuir para alcançar a neutralidade climática na União Europeia até 2050.

Demonstramos como os combustíveis líquidos de baixo carbono podem descarbonizar os transportes permitindo que todos os veículos de transporte rodoviário, novos e antigos, sejam neutros em termos climáticos até 2050, e garantindo a disponibilidade destes combustíveis para os sectores da aviação e da marinha.

Com base no trabalho da nossa indústria até à data, estamos prontos para arrancar de imediato.

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Esta Via exigirá um investimento estimado de 30 a 40 mil milhões de euros entre 2020 e 2030, e a criação de várias unidades de produção de biocombustíveis avançados e de e-combustíveis, aumentando a produção de combustíveis líquidos de baixo carbono até 30 Mtoe/ano em 2030. Maiores investimentos poderão iniciar-se nos próximos anos, com as primeiras unidades de biomass-to-liquid e de e-combustíveis a começarem a operar o mais tardar em 2025.

Até 2050, o investimento total necessário está estimado entre 400 e 650 mil milhões de euros, permitindo a disponibilidade de 150 Mtoe de combustíveis líquidos de baixo carbono.

Adicionando a captura e sequestro de carbono (CCS) para capturar as emissões na produção de combustíveis de baixo carbono e, em combinação com as tecnologias de eletrificação e hidrogénio, o sector dos transportes poderia atingir a quase total neutralidade climática.

A Via que propomos é ambiciosa. A boa notícia é que a nossa transformação já começou. O nosso sucesso dependerá, no entanto, de amplas parcerias envolvendo múltiplas partes interessadas e da confiança dos investidores, bem como da visão política. Precisamos de todos a bordo.

Com combustíveis líquidos de baixo carbono, as refinarias da UE estão prontas para contribuir para a neutralidade climática nos transportes.

Contexto científico e tecnológico

Esta Via foi desenvolvida pela Concawe, o organismo científico e técnico da indústria da produção de combustíveis, sendo parte de uma série de estudos no âmbito do programa Low Carbon Pathways. Este programa visa explorar o potencial, tanto em termos quantitativos como temporais, da produção de combustíveis líquidos de baixo carbono até 2050, o seu contributo efetivo para a descarbonização dos transportes e a escala e o custo da necessária transformação da indústria.

A avaliação feita pela Concawe está a utilizar a comunicação da Comissão Europeia “Um Planeta Limpo para Todos” e, mais especificamente, o cenário TECH de 1,5°C, como referência para 2050. Alinhado com os compromissos do Acordo de Paris da UE, este cenário ambicioso alcança a neutralidade climática em 2050.

A avaliação também:
Investiga oportunidades para alcançar reduções significativas na intensidade de carbono dos futuros combustíveis de baixo carbono, em comparação com uma referência de combustíveis 100% fósseis, desde a produção até à fase de utilização final, seguindo uma abordagem Tanque-à-Roda (WTW).

Avalia a potencial implementação das tecnologias mais promissoras a partir de hoje e até 2050, com foco em biocombustíveis à base de culturas alimentares sustentáveis, biomassa e resíduos-líquidos (BTL), hidrogenação de óleos vegetais/resíduos e tecnologias de e-fuel, com vista a substituir o CO2 fóssil, por CO2 biogénico (incluindo potencialmente a sua captura direta do ar) ou por CO2 reciclado de instalações industriais.

Inclui outras tecnologias-chave de mitigação (principais facilitadores), como a Captura e Armazenamento de Carbono (CCS) e a produção de Hidrogénio Limpo para utilização em refinarias para reduzir a intensidade carbónica dos combustíveis produzidos já a partir de hoje, e com claras sinergias com matérias-primas alternativas.

Considera os níveis de investimento como a melhor estimativa da ordem de magnitude para as tecnologias ainda em desenvolvimento.

Como resultado da metodologia acima referida e baseada nos planos da Comissão Europeia, bem como no desenvolvimento acelerado e na escalada das tecnologias de combustíveis de baixo carbono identificadas, estimámos a quantidade de combustíveis líquidos necessários e potencialmente disponíveis até 2035 e posteriormente.

Matéria-prima suficiente para apoiar uma estratégia ambiciosa de combustíveis líquidos com baixo teor de carbono

A potencial disponibilidade de biomassa sustentável é mais do que suficiente para permitir que os biocombustíveis avançados e baseados em resíduos contribuam, juntamente com os e-combustíveis, para a descarbonização dos transportes da UE, em conformidade com o objectivo de neutralidade climática de 2050. Esta é a conclusão de um estudo do Imperial College London Consultants encomendado pela Concawe.
Após a atribuição de matéria-prima de biomassa a produtos de base biológica e aos sectores energético, industrial e residencial, com base na estimativa da Comissão Europeia, estima-se que a quota total de biomassa disponível para transportes em 2050 seja suficiente para apoiar a produção de até 135 Mtep de biocombustíveis. Considerando as importações de biomassa para a UE, a capacidade de produção poderia atingir até 175 Mtep.
Os critérios de sustentabilidade da biomassa aplicados pelos peritos do Imperial College London Consultants são os definidos pela Comissão no âmbito do RED II, e as culturas tradicionais de biocombustíveis (primeira geração) não estão incluídas.
Além disso, a biodiversidade também tem sido cuidadosamente considerada no estudo. Com base em dois princípios-chave, conservação da terra com valores de biodiversidade significativos e gestão da terra sem efeitos negativos sobre a biodiversidade, o estudo conclui que a matéria-prima disponível não terá efeitos negativos sobre a biodiversidade. Juntamente com a electrificação e o hidrogénio, os combustíveis líquidos com baixo teor de carbono permitirão aos transportes da UE atingir o seu objectivo 2050 sem deixar ninguém para trás. Saiba mais sobre o estudo aqui.

Quer saber mais?

Não é suficiente? Consulte a narrativa completa e leia ainda as perguntas e respostas mais frequentes sobre os "Combustíveis Limpos para Todos".